quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

SALMO 90: AS LIÇÕES DO TEMPO!

SALMO 90: AS LIÇÕES DO TEMPO!



O salmo 90 inicia o quarto rolo dos salmos. Esse quarto rolo começa com o salmo 90 e termina no salmo 106 (um total de 17 salmos). É bom saber que esse rolo sofre a influência direta do período pós exílico ou pós cativeiro babilônico. Nesse período Israel não é mais uma nação autônoma, Mas esteve sobre o controle dos grandes impérios da antiguidade. Provavelmente quando esse rolo foi formado, Israel estivesse sobre o controle do Império medo-persa.
O salmo 90, que abre esse quarto rolo, traz uma reflexão sobre o Tempo. Essa reflexão sobre o tempo é dada em função de Deus e do homem. Enquanto para Deus o tempo o exalta e demostra o seu poder, para o homem o tempo é a demonstração clara de sua fragilidade. Assim é iniciado esse poema:

Senhor, tu és o nosso refúgio, sempre,
De geração em geração.
Antes de nascerem os montes
E de criares a terra e o mundo,
De eternidade a eternidade tu és Deus.
Fazes os homens voltarem ao pó,
Dizendo: "Retornem ao pó, seres humanos! "

De fato, mil anos para ti são como o dia de ontem que passou,
Como as horas da noite.
Salmos 90:1-4


O TEMPO TRAZ SUA PRIMEIRA LIÇÃO: “DEUS É ETERNO O SER HUMANO É PASSAGEIRO!”.


O contraste é evidente e o tempo é testemunha dessa verdade. Nós seres humanos somos passageiros quando comparados a Deus em relação ao tempo. O Poeta continua demostrando ainda mais a fragilidade humana:

Como uma correnteza, tu arrastas os homens;
São breves como o sono;
São como a relva que brota ao amanhecer;
Germina e brota pela manhã,
Mas, à tarde, murcha e seca.
Salmos 90:5-6

Um parêntese é aberto nesse salmo e que na verdade reflete o período pós cativeiro que Israel estava passando. O elemento “ÍRA DIVINA” é introduzido nesse poema:

Somos consumidos pela tua ira
E aterrorizados pelo teu furor.
Conheces as nossas iniquidades;
Não escapam os nossos pecados secretos à luz da tua presença.
Todos os nossos dias passam debaixo do teu furor;
Vão-se como um murmúrio.
Salmos 90:7-9

Lembre-se que Israel estava passando por esse mal momento devido aos seus pecados. Israel pecou e estava colhendo os frutos de sua má semeadura. O cativeiro babilônico e a submissão ao império medo-persa eram consequências do pecado da nação de Israel que havia abandonado o SENHOR e seguido falsos deuses.

ASSIM O TEMPO TRAZ A SUA SEGUNDA LIÇÃO: “O TEMPO É TESTEMUNHA DAS NOSSAS ESCOLHAS ERRADAS!”.


Não adianta fugir ou se esconder uma hora ou outra os nossos erros sempre retornam para nós. É melhor reconhecer nossos pecados e assumir nossa fragilidade diante do Senhor como o poeta escreve:

Os anos de nossa vida chegam a setenta,
Ou a oitenta para os que têm mais vigor;
Entretanto, são anos difíceis
E cheios de sofrimento,
Pois a vida passa depressa,
E nós voamos!
Quem conhece o poder da tua ira?
Pois o teu furor é tão grande
Como o temor que te é devido.
Salmos 90:10-11

O senhor é muito poderosos e santo. Somos frágeis e pecadores, reconhecer isso é fundamental. O Homem não tem do que se gloriar. A verdadeira sabedoria está em reconhecer seu estado frágil e pecaminoso, reconhecendo juntamente o poder divino:

Ensina-nos a contar os nossos dias
Para que o nosso coração alcance sabedoria.
Salmos 90:12

Esse com certeza é verso mais conhecido desse salmo. “Contar os dias” significa reconhecer que nossa vida é passageira e tudo o que temos também é. Reconhecendo isso alcançaremos a verdadeira sabedoria que é prática e baseada no temor do Senhor.



Apesar do grande poder do Senhor e seu elevado padrão de santidade, ele é misericordioso. O ser humano pode recorrer a misericórdia do senhor quantas vezes for necessário e ele graciosamente atenderá o arrependido pecador. Partindo dessa verdade o poeta inicia o desfecho de seu poema.

Volta-te, Senhor!
Até quando será assim?
Tem compaixão dos teus servos!
Satisfaze-nos pela manhã com o teu amor leal,
E todos os nossos dias cantaremos felizes.
Salmos 90:13-14

ASSIM O TEMPO TRAZ SUA TERCEIRA LIÇÃO: “O TEMPO É TESTEMUNHA DA GRANDE MISERICÓDIA DO SENHOR!”

O salmo se enche de esperança e Israel pode crer que no tempo certo o senhor iria restituir sua glória passada ofuscada pelo pecado. O tom de lamento é abandonado e um tom de confiança e esperança ilumina o poema que é encerrado com uma oração sincera cheia de esperança:

Dá-nos alegria pelo tempo que nos afligiste,
Pelos anos em que tanto sofremos.
Sejam manifestos os teus feitos aos teus servos,
E aos filhos deles o teu esplendor!
Esteja sobre nós a bondade do nosso Deus Soberano.
Consolida, para nós, a obra de nossas mãos;
Consolida a obra de nossas mãos!

ASSIM PODEMOS ENTENDER A QUARTA E GRANDE LIÇÃO QUE O TEMPO NOS TRAZ: “O TEMPO É SERVO DE DEUS!”


 Como o poeta escreve as linhas finais em tom de esperança, crendo que no tempo certo Deus iria restituir o que foi perdido, da mesma forma devemos crer Que o SENHOR no tempo certo irá derramar de suas dadivas sobre as nossas vidas. O primeiro passo é reconhecer nossas limitações e expor os nossos pecados diante da sua face. Ele que é misericordioso no tempo certo Irá responder e restituir o que foi perdido.





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