Salmo 69 – Davi sofre bully

Salmo 69 – Davi sofre bully

Salva-me, ó Deus!, pois as águas subiram até o meu pescoço.
Nas profundezas lamacentas eu me afundo, não tenho onde firmar os pés. Entrei em águas profundas; as correntezas me arrastam.
Cansei-me de pedir socorro; minha garganta se abrasa. Meus olhos fraquejam de tanto esperar pelo meu Deus.
Os que sem razão me odeiam são mais do que os fios de cabelo da minha cabeça; muitos são os que me prejudicam sem motivo, muitos, os que procuram destruir-me. Sou forçado a devolver o que não roubei.
Tu bem sabes como fui insensato, ó Deus; a minha culpa não te é encoberta.
Não se decepcionem por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor, Senhor dos Exércitos! Não se frustrem por minha causa os que te buscam, ó Deus de Israel!
Pois por amor a ti suporto zombaria, e a vergonha cobre-me o rosto.
Sou um estrangeiro para os meus irmãos, um estranho até para os filhos da minha mãe;
pois o zelo pela tua casa me consome, e os insultos daqueles que te insultam caem sobre mim.
Até quando choro e jejuo, tenho que suportar zombaria;
quando ponho vestes de lamento, sou motivo de piada.
Os que se ajuntam na praça falam de mim, e sou a canção dos bêbados.
Mas eu, Senhor, no tempo oportuno, elevo a ti minha oração; responde-me, por teu grande amor, ó Deus, com a tua salvação infalível!
Tira-me do atoleiro, não me deixes afundar; liberta-me dos que me odeiam e das águas profundas.
Não permitas que as correntezas me arrastem, nem que as profundezas me engulam, nem que a cova feche sobre mim a sua boca!
Responde-me, Senhor, pela bondade do teu amor; por tua grande misericórdia, volta-te para mim.
Não escondas do teu servo a tua face; responde-me depressa, pois estou em perigo.
Aproxima-te e resgata-me; livra-me por causa dos meus inimigos.
Tu bem sabes como sofro zombaria, humilhação e vergonha; conheces todos os meus adversários.
A zombaria partiu-me o coração; estou em desespero! Supliquei por socorro, nada recebi, por consoladores, e a ninguém encontrei.
Puseram fel na minha comida e para matar-me a sede deram-me vinagre.
Que a mesa deles se lhes transforme em laço; torne-se retribuição e armadilha.
Escureçam-se os seus olhos para que não consigam ver; faze-lhes tremer o corpo sem parar.
Despeja sobre eles a tua ira; que o teu furor ardente os alcance.
Fique deserto o lugar deles; não haja ninguém que habite nas suas tendas.
Pois perseguem aqueles que tu feres e comentam a dor daqueles a quem castigas.
Acrescenta-lhes pecado sobre pecado; não os deixes alcançar a tua justiça.
Sejam eles tirados do livro da vida e não sejam incluídos no rol dos justos.
Grande é a minha aflição e a minha dor! Proteja-me, ó Deus, a tua salvação!
Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei sua grandeza com ações de graças;
isso agradará o Senhor mais do que bois, mais do que touros com seus chifres e cascos.
Os necessitados o verão e se alegrarão; a vocês que buscam a Deus, vida ao seu coração!
O Senhor ouve o pobre e não despreza o seu povo aprisionado.
Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo o que neles se move,
pois Deus salvará Sião e reconstruirá as cidades de Judá. Então o povo ali viverá e tomará posse da terra;
a descendência dos seus servos a herdará, e nela habitarão os que amam o seu nome.

Salmos 69:1-36

Você já deve ter ouvido falar no famoso “BULLY” termo inglês muito usado hoje em dia para descrever atitudes de humilhação e de  violência física, moral e emocional sofridos por uma pessoa que é impotente para reagir e se defender em tal situação. Essa palavra está mais ligada ao ambiente escolar. Em outros ambientes como o local de trabalho temos o conhecido assédio moral que descreve uma situação bastante semelhante ao bully.

Pois é, esse  salmo descreve uma situação semelhante ocorrida com o servo de Deus Davi. Que é perseguido, exposto ao ridículo e jurado de morte por nada menos que seu filho Absalão. O jovem ambicioso provoca uma rebelião no meio de Israel e se auto declara rei (2 Sm 15.10-16). Com boa parte dos súditos de seu pai ao seu lado (2 Sm15.6) , Absalão se declara o governante supremo de Israel e marcha contra o seu pai, Davi desesperado foge as pressas Humilhado diante do povo. Assim dar-se Inicio a maior exposição e humilhação sofrida pelo servo do Senhor.

Assim começa a canção de Davi em um tom altamente desesperado. Em Um das canções mais desesperadoras da bíblia sagrada.

Salva-me, ó Deus!, pois as águas subiram até o meu pescoço.
Nas profundezas lamacentas eu me afundo, não tenho onde firmar os pés. Entrei em águas profundas; as correntezas me arrastam.
Salmos 69:1-2

Parece que o senhor tinha se voltado contra ele e rejeitado suas orações. O reinado que Deus dera a Davi agora era tomado à força pelo seu filho obstinado.

Cansei-me de pedir socorro; minha garganta se abrasa. Meus olhos fraquejam de tanto esperar pelo meu Deus.
Os que sem razão me odeiam são mais do que os fios de cabelo da minha cabeça; muitos são os que me prejudicam sem motivo, muitos, os que procuram destruir-me. Sou forçado a devolver o que não roubei.
Salmos 69:3-4

Na verdade o que estava acontecendo foi fruto dos pecados de Davi (Por isso, a espada nunca se afastará de sua família, pois você me desprezou e tomou a mulher de Urias, o hitita, para ser sua mulher’."Assim diz o Senhor: ‘De sua própria família trarei desgraça sobre você. 2 Samuel 12:10-11).  Davi um pai omisso e ausente que não puniu os seus filhos quando houve o estupro de sua filha pelo seu próprio e irmão e o assassinato de seu filho cometido por outro filho.

Tu bem sabes como fui insensato, ó Deus; a minha culpa não te é encoberta.
Salmos 69:5

Parte do povo sentiu-se comovida com a revolta e com a forma que Davi foi expulso de sua casa real. (E toda a terra chorava a grandes vozes 2 Samuel 15:23). Ele intercede, mesmo em humilhação, por aqueles que o admiravam e agora estavam tristes.

Não se decepcionem por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor, Senhor dos Exércitos! Não se frustrem por minha causa os que te buscam, ó Deus de Israel!
Salmos 69:6

Davi abre o coração e confessa a Deus seu sentimento de Humilhação.

Pois por amor a ti suporto zombaria, e a vergonha cobre-me o rosto.
Sou um estrangeiro para os meus irmãos, um estranho até para os filhos da minha mãe;
pois o zelo pela tua casa me consome, e os insultos daqueles que te insultam caem sobre mim.
Até quando choro e jejuo, tenho que suportar zombaria;
quando ponho vestes de lamento, sou motivo de piada.
Os que se ajuntam na praça falam de mim, e sou a canção dos bêbados.
Mas eu, Senhor, no tempo oportuno, elevo a ti minha oração; responde-me, por teu grande amor, ó Deus, com a tua salvação infalível!
Tira-me do atoleiro, não me deixes afundar; liberta-me dos que me odeiam e das águas profundas.
Não permitas que as correntezas me arrastem, nem que as profundezas me engulam, nem que a cova feche sobre mim a sua boca!
Responde-me, Senhor, pela bondade do teu amor; por tua grande misericórdia, volta-te para mim.
Não escondas do teu servo a tua face; responde-me depressa, pois estou em perigo.
Aproxima-te e resgata-me; livra-me por causa dos meus inimigos.
Tu bem sabes como sofro zombaria, humilhação e vergonha; conheces todos os meus adversários.
A zombaria partiu-me o coração; estou em desespero! Supliquei por socorro, nada recebi, por consoladores, e a ninguém encontrei.

Salmos 69:7-20

Aitofel conselheiro e amigo de Davi. O abandona e torna-se conselheiro de absalão. E aconselha absalão a estuprar as mulheres de seu pai em praça pública, como antes tinha sido profetizado por Natã. (tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol. 2 Samuel 12:11-12)

Davi abandonado por seus amigos, Humilhado perante o povo, triado por sues familiares hora a Deus para que o senhor tome providencia acerca de seus opositores:

Que a mesa deles se lhes transforme em laço; torne-se retribuição e armadilha.
Escureçam-se os seus olhos para que não consigam ver; faze-lhes tremer o corpo sem parar.
Despeja sobre eles a tua ira; que o teu furor ardente os alcance.
Fique deserto o lugar deles; não haja ninguém que habite nas suas tendas.
Pois perseguem aqueles que tu feres e comentam a dor daqueles a quem castigas.
Acrescenta-lhes pecado sobre pecado; não os deixes alcançar a tua justiça.
Sejam eles tirados do livro da vida e não sejam incluídos no rol dos justos.
Salmos 69:22-28

A aflição e o desespero tomaram seus coração,  porém Davi não perdeu sua fé  e foi capaz de escrever e finalizar este salmo com uma canção de louvor a Deus.  

Grande é a minha aflição e a minha dor! Proteja-me, ó Deus, a tua salvação!
Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei sua grandeza com ações de graças;
isso agradará o Senhor mais do que bois, mais do que touros com seus chifres e cascos.
Os necessitados o verão e se alegrarão; a vocês que buscam a Deus, vida ao seu coração!
O Senhor ouve o pobre e não despreza o seu povo aprisionado.
Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo o que neles se move,
pois Deus salvará Sião e reconstruirá as cidades de Judá. Então o povo ali viverá e tomará posse da terra;
a descendência dos seus servos a herdará, e nela habitarão os que amam o seu nome.
Salmos 69:29-36

Esse salmo em sua descrição é considerado um salmo messiânico, pois descreve com exatidão a traição e as aflições de cristo na cruz. O sofrimento de Davi foi usado por Deus para ilustrar os sofrimentos e os sentimentos pessoais de Jesus.

Salmo 45 – O glamoroso casamento de Salomão!

Salmo 45 – O glamoroso casamento de Salomão!

Com o coração vibrando de boas palavras recito os meus versos em honra do rei; seja a minha língua como a pena de um hábil escritor.
És dos homens o mais notável; derramou-se graça em teus lábios, visto que Deus te abençoou para sempre.
Prende a espada à cintura, ó poderoso! Cobre-te de esplendor e majestade.
Na tua majestade cavalga vitoriosamente pela verdade, pela misericórdia e pela justiça; que a tua mão direita realize feitos gloriosos.
Tuas flechas afiadas atingem o coração dos inimigos do rei; debaixo dos teus pés caem nações.
O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de justiça é o cetro do teu reino.
Amas a justiça e odeias a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, escolheu-te dentre os teus companheiros ungindo-te com óleo de alegria.
Todas as tuas vestes exalam aroma de mirra, aloés e cássia; nos palácios adornados de marfim ressoam os instrumentos de corda que te alegram.
Filhas de reis estão entre as mulheres da tua corte; à tua direita está a noiva real enfeitada de ouro puro de Ofir.
Ouça, ó filha, considere e incline os seus ouvidos: Esqueça o seu povo e a casa paterna.
O rei foi cativado pela sua beleza; honre-o, pois ele é o seu senhor.
A cidade de Tiro trará seus presentes; seus moradores mais ricos buscarão o seu favor.
Cheia de esplendor está a princesa em seus aposentos, com vestes enfeitadas de ouro.
Em roupas bordadas é conduzida ao rei, acompanhada de um cortejo de virgens; são levadas à tua presença.
Com alegria e exultação são conduzidas ao palácio do rei.
Os teus filhos ocuparão o trono dos teus pais; por toda a terra os farás príncipes.
Perpetuarei a tua lembrança por todas as gerações; por isso as nações te louvarão para todo o sempre.
Salmos 45:1-17

Em nossa cultura, nos casamentos a figura  de destaque é sempre a noiva. Porém nesse salmo a figura de destaque é o rei Salomão que tem suas virtudes exaltadas nesse canto nupcial. O canto também voltasse para a figura da noiva na segunda parte desse salmo. Porém a primeira metade destaca-se por elogios ao rei Salomão. O grupo musical dos filhos de coré inicia o canto já expressando seus sentimentos com uma das expressões mais belas da bíblia:

Com o coração vibrando de boas palavras recito os meus versos em honra do rei; seja a minha língua como a pena de um hábil escritor.
Salmos 45:1

Como a boca fala do que o coração está cheio, o grupo musical dos filhos de coré começa a torrente de elogios ao rei que inicia seu cortejo nupcial, montando em um cavalo, esplendidamente vestido de roupas  glamorosas:

És dos homens o mais notável; derramou-se graça em teus lábios, visto que Deus te abençoou para sempre.
Prende a espada à cintura, ó poderoso! Cobre-te de esplendor e majestade.
Na tua majestade cavalga vitoriosamente pela verdade, pela misericórdia e pela justiça; que a tua mão direita realize feitos gloriosos.
Salmos 45:2-4

Mas os filhos de coré não elogiam somente as roupas e o porte físico do rei Salomão (Porque as armas da nossa milícia não são carnais 2 Coríntios 10:4) . Através dessas imagens eles exaltam as virtudes morais do caráter do rei.  O destacando como um homem de  personalidade (notável), com um bom linguajar (graça em teus lábios), Um servo abençoado por Deus, Com objetivo na vida (a espada presa a cintura) que é praticar a verdade, exercesse r a misericórdia  e ser justo com o próximo. Com força procura cumprir as ordens dadas por seu pai Davi que é expandir as fronteiras do reino de Israel, levando as promessas de Deus a outros reinos e nações “subjugando-as”  a vontade soberana de Deus. (...levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo... 2 Coríntios 10:5). Que é símbolo do, pois um verdadeiro filho de Deus está comprometido com a expansão do reino de Deus no coração das pessoas através do evangelismo.

Tuas flechas afiadas atingem o coração dos inimigos do rei; debaixo dos teus pés caem nações.
O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de justiça é o cetro do teu reino.
Salmos 45:5-6

O caráter justo e alegre  do rei é exaltado através da figura de um perfume cujo  o aroma enche a sala.  Sua boa fama e seu sorriso alegre contagiam a todos como um belo óleo aromático:

Amas a justiça e odeias a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, escolheu-te dentre os teus companheiros ungindo-te com óleo de alegria.
Todas as tuas vestes exalam aroma de mirra, aloés e cássia;
Salmos 45:7-8

O som dos instrumentos anuncia a entrada do rei no seu palácio marfim e atenção  dos convidados voltam-se para outras figuras  presente na cerimonia. A rainha, mãe de Salomão e as princesas, possivelmente outras esposas de Salomão.

nos palácios adornados de marfim ressoam os instrumentos de corda que te alegram.
Filhas de reis estão entre as mulheres da tua corte; à tua direita está a noiva real enfeitada de ouro puro de Ofir.
Salmos 45:8-9

 Tão importante quanto o rei é  a Noiva, a filha do rei de Tiro. Tiro foi um grande parceiro comercial de Israel nos dias dos reis. Foi de lá que veio grande parte do material usado na construção do templo do Senhor erguido no monte Sião. Esse casamento sela a união dessas duas nações e garante o fornecimento de material necessário para a manutenção do templo do Senhor. Esse casamento gira em torno da promoção da glória de Deus.

O salmo voltasse para o estando interior da princesa que sente saudades de seu reino. Talvez a noiva real Não tivesse noção, que aquela união tinha um propósito divino e , em seu conflito interior, não era capaz de perceber a paixão de Salomão por ela:

Ouça, ó filha, considere e incline os seus ouvidos: Esqueça o seu povo e a casa paterna.
O rei foi cativado pela sua beleza; honre-o, pois ele é o seu senhor.
Salmos 45:10-11

A princesa dirige-se em direção a Salomão acompanhadas por um cortejo de virgens  e todos param para contemplar a sua beleza e seu belo vestido nupcial.

Cheia de esplendor está a princesa em seus aposentos, com vestes enfeitadas de ouro.
Em roupas bordadas é conduzida ao rei, acompanhada de um cortejo de virgens; são levadas à tua presença.
Com alegria e exultação são conduzidas ao palácio do rei.
Salmos 45:13-15

A canção termina com a transmissão de uma promessa. Pois Deus havia prometido a Davi que ele sempre teria um herdeiro, descendente, que reinaria e governaria em Israel (a seu filho darei uma tribo; para que Davi, meu servo, sempre tenha uma lâmpada diante de mim em Jerusalém, a cidade que escolhi para pôr ali o meu nome. 1 Reis 11:36) . Assim a promessa é compartilhada com a princesa de tiro com a garantia do selo divino.  Mas que uma união politica, esse casamento era o compartilhar mutuo das promessas divinas.

Os teus filhos ocuparão o trono dos teus pais; por toda a terra os farás príncipes.
Perpetuarei a tua lembrança por todas as gerações; por isso as nações te louvarão para todo o sempre.
Salmos 45:16-17

Salmo 11 – A destruição dos fundamentos morais. (o que fará o justo quando as bases morais estão abaladas?)

Salmo 11 – A destruição dos fundamentos morais.

(o que fará o justo quando as bases morais estão abaladas?)

No Senhor me refugio. Como então vocês podem dizer-me: "Fuja como um pássaro para os montes"?
Vejam! Os ímpios preparam os seus arcos; colocam as flechas contra as cordas para das sombras as atirarem nos retos de coração.
Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo?
O Senhor está no seu santo templo; o Senhor tem o seu trono nos céus. Seus olhos observam; seus olhos examinam os filhos dos homens.
O Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia.
Sobre os ímpios ele fará chover brasas ardentes e enxofre incandescente; vento ressecante é o que terão.
Pois o Senhor é justo, e ama a justiça; os retos verão a sua face.
Salmos 11:1-7

“O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”

Albert Einstein

 

A frase acima é atribuída a Albert Einstein. E expressa um sentimento popular verdadeiro. O salmo 11 atribuído a Davi trata de algo semelhante. Quando os maus e ímpios tentam calar a voz dos justos. Como se não bastasse os ímpios destruírem a si mesmo tentam ainda calar a voz do justo e apregoar seus ideais ateístas. O salmista perturbado inicia seu canto expressando  sua fé:

No Senhor me refugio...
Salmos 11:1

Davi questiona a atitude dos ímpios em desejar que ele simplesmente desapareça por não aceitar as atitudes maléficas deles:

Como então vocês podem dizer-me: "Fuja como um pássaro para os montes"?
Salmos 11:1

Há ditado popular que diz: “se não aguentar, que corra!”. É mais ou menos isso que os ímpios disseram a Davi. Davi descreve os ímpios como pessoas que se preparam para uma guerra contra aqueles que buscam em sinceridade a pureza e a retidão:

Vejam! Os ímpios preparam os seus arcos; colocam as flechas contra as cordas para das sombras as atirarem nos retos de coração.
Salmos 11:2

No meio dessa batalha Davi se vê perdido, pois tem sua fé atacada constantemente  pelos que só almejam a maldade. Com os fundamentos morais da terra abalados, Davi em sua sinceridade indaga:

“Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo?”

Salmos 11:3

Essa é grande Dilema daquele que procura em sua sinceridade obedecer à palavra do senhor e viver piamente. Como o justo pode viver em retidão nesse mundo que deteriora a cada dia? Como uma pessoa pode viver a santidade sem nenhum estimulo? Esse o ponto crucial do salmo de Davi. A resposta de Davi é clara o justo deve procurar a gradar o seu senhor entronizado nas alturas. E não procurar agradar os ímpios aqui na terra. Davi descreve o senhor como aquele que observa os homens do seu trono:

“O Senhor está no seu santo templo; o Senhor tem o seu trono nos céus. Seus olhos observam; seus olhos examinam os filhos dos homens.”
Salmos 11:4

O senhor averigua o comportamento do seu servo e aprova como um fiscal que atesta a qualidade de um produto, porém reprova a atitude dos ímpios.

O Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia.
Salmos 11:5

O justo servo do senhor tem o seu selo de qualidade e está isento de qualquer punição o juízo por parte do Senhor (não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.). Já não pode-se dizer o mesmo daqueles que vivem na maldade e na impiedade.

Sobre os ímpios ele fará chover brasas ardentes e enxofre incandescente; vento ressecante é o que terão.
Salmos 11:6

Assim Davi termina seu salmo com a resposta de sua grande indagação na ponta da língua, estimulando os servos do senhor a andarem em retidão e em santidade!

Pois o Senhor é justo, e ama a justiça; os retos verão a sua face.
Salmos 11:7

Como já disse Paulo o justo não pode entregar-se aos clamores dos ímpios e se omitir, Mas deve brilhar como luz e salgar a terra com o seu caráter!

Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.
Romanos 12:2

SALMO 84 – CORAÇÃO DE PEREGRINO

SALMO 84 – CORAÇÃO DE PEREGRINO

Como é agradável o lugar da tua habitação, Senhor dos Exércitos!
A minha alma anela, e até desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e o meu corpo cantam de alegria ao Deus vivo.
Até o pardal achou um lar, e a andorinha um ninho para si, para abrigar os seus filhotes, um lugar perto do teu altar, ó Senhor dos Exércitos, meu Rei e meu Deus.
Como são felizes os que habitam em tua casa; louvam-te sem cessar! Pausa
Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração!
Ao passarem pelo vale de Baca, fazem dele um lugar de fontes; as chuvas de outono também o enchem de cisternas.
Prosseguem o caminho de força em força, até que cada um se apresente a Deus em Sião.
Ouve a minha oração, ó Senhor Deus dos Exércitos; escuta-me, ó Deus de Jacó. Pausa
Olha, ó Deus, que és nosso escudo; trata com bondade o teu ungido.
Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar; prefiro ficar à porta da casa do meu Deus a habitar nas tendas dos ímpios.
O Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor concede favor e honra; não recusa nenhum bem aos que vivem com integridade.
Ó Senhor dos Exércitos, como é feliz aquele que em ti confia!
Salmos 84:1-12

  

O salmo 84 foi escrito por um levita da companhia de músicos da linhagem de Coré (os filhos de coré). Eles tiveram grande influência no que se diz respeito à adoração no templo sagrado, principalmente antes do cativeiro babilônico.  Os salmos da companhia de Coré distinguem-se pelos temas abordados em seus poemas canções. Ao passo que o estilo asafita adota a contradição a partir de um ponto de vista particular melancólico, os filhos de coré abordam a alegria e o louvor tendo como plano de fundo o santo templo ou a cidade santa, Jerusalém.  

Este salmo antecipa um tema que será abordado por outro grupo especial de salmos que são os salmos de peregrinação ou cântico dos degraus (que vai do salmo 120 ao 134) que narra poeticamente a romaria dos peregrinos a Jerusalém afim de comemorar as festas sagradas.

O poeta descreve a si mesmo como um peregrino que sai de sua terra e vai a Sião a fim de adorar movido por uma paixão intensa. Assim ele exclama:

“Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos!
A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.”
Salmos 84:1-2

 Com elementos simples tirados de eventos corriqueiros  da natureza, ele descreve como o pardal uma simples ave, comparada com outros pássaros, ou a andorinha ave de natureza migratória que tem como característica a liberdade encontraram refúgio no altar de Deus. Essas duas aves representam dois tipos de pessoas. O pardal representa as pessoas simples, muitas vezes desprezadas, mas que encontram no altar de Deus a companhia e o aconchego da presença do Senhor (...Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes... 1 Coríntios 1:27). A andorinha representam aqueles que abriram mão da liberdade de gozar os prazeres do mundo a fim de estarem na presença de Deus. Eles abriram mão de escolhas pessoais e são dirigidos pela vontade de Deus (...não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus...Gálatas 2:20). O poeta enfatiza sobre esses dois tipos de pessoas:

O Pardal simples, mas seguro e aconchegado.	Andorinha que abriu mão de sua natureza livre a fim de ser realmente livre.
Como são felizes os que habitam em tua casa; louvam-te sem cessar! Pausa Salmos 84:4	Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração! Salmos 84:5

O peregrino de coração continua sua Jornada de louvor e adoração em direção a Sião, Mas se depara com o vale de Baca (ou vale de lágrimas), nem só de momentos bons vive o peregrino. Mas ele faz daquele lugar um manancial de vida, reabastece o seu cântaro seco devido ao sol fervente do deserto e com fé não se abala, mas segue se u caminho, pois seu objetivo de está na presença de Deus é maior que os seu lamento pessoal.

“Ao passarem pelo vale de Baca, fazem dele um lugar de fontes; as chuvas de outono também o enchem de cisternas. Prosseguem o caminho de força em força, até que cada um se apresente a Deus em Sião.”
Salmos 84:6-7

Apesar de o caminho ser longo, mas através da oração ele se torna pequeno. E com um salto de fé o peregrino já está em Sião contemplando a face do sacerdote do senhor, o seu ungido, que se prepara para oferecer sacrifícios ao Senhor pelo povo.

Ouve a minha oração, ó Senhor Deus dos Exércitos; escuta-me, ó Deus de Jacó. Pausa
Olha, ó Deus, que és nosso escudo; trata com bondade o teu ungido.
Salmos 84:8-9

Lembre-se que o templo do senhor era divido em três pavimentos: o pátio, o lugar santo e o lugar santíssimo (ou santo dos santos). Só os sacerdotes da linhagem de Arão poderiam ter acesso ao lugar santo e só o sumo sacerdote (o ungido senhor citado no salmo) poderia ter acesso ao lugar santo dos santos. Mas o peregrino estava satisfeito em está simplesmente no pátio, pois era melhor está naquele lugar onde ficavam multidões de pessoas simples do que está em qualquer outro lugar sem a presença de Deus.

Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar; prefiro ficar à porta da casa do meu Deus a habitar nas tendas dos ímpios.
Salmos 84:10

Assim O poeta peregrino de coração encerra sua canção incentivando aos servos do senhor que se mantenham íntegros diante do senhor, pois, mas de que um poema essa é uma canção para estimular a fé de todos os de coração peregrino cujo  objetivo é chegar a Sião a presença do Senhor  das multidões (ou senhor dos exércitos).

O Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor concede favor e honra; não recusa nenhum bem aos que vivem com integridade.
Ó Senhor dos Exércitos, como é feliz aquele que em ti confia!
Salmos 84:11-12

Salmo 121 – Louvores ao protetor de israel.

  Salmo 121 – Louvores ao protetor de israel.

O salmo 121 é dos salmos mais conhecidos dentro meio evangélico contemporâneo. É um canto de peregrinação. As canções (ou salmos de peregrinação) são um grupo especial de salmos que tem inicio no salmo 120 e termina com o salmo 134. Nas versões mais antigas como ARC ( almeida revista e corrigida)  esses salmos são chamados de cântico dos degraus ou cânticos graduais. É possível contemplar nos três primeiros salmos desse  conjunto especial (120, 121 e 122) a figura de um peregrino que se dirige a Jerusalém, a cidade santa, para adorar ao Senhor no seu santo templo. Esse salmo pinta o quadro de um peregrino que já consegue avistar a cadeia de montanhas ao redor de Jerusalém (Assim como estão os montes à roda de Jerusalém... Salmos 125:2), porém cansado depois de peregrinar no deserto por dias,  se Vê desfalecendo sem forças no vale de Jericó, caminho de acesso ao monte Sião  ( "Um homem descia de Jerusalém para Jericó, Lucas 10:30). Uma subida íngreme cercada de perigos geográficos. assim inicia o salmo com o grito do peregrino:

“Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro?”

Salmos 121:1

Dentro da teoria do Drama Cultual (ou teatro cultual), Que afirma que muitos dos salmos eram encenados, é possível descrever  o povo fora do templo festejando a páscoa e eis que surge o sacerdote  que  personifica o peregrino e , sobre os degraus do templo (daí o nome cântico dos degraus nas versões mais antigas) faz essa pergunta ao povo. O povo volta seus olhares para o sacerdote e ele imediatamente responde a própria pergunta:

“O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.”
Salmos 121:2

Então tem inicio o momento de oração e de adoração. Povo agora é quem toma voz no teatro cultual e desfere palavras de benção sobre o sacerdote, Perceba a mudança brusca da primeira pessoa para a terceira pessoa a partir do versículo 3.

“Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta,
sim, o protetor de Israel não dormirá, ele está sempre alerta!
O Senhor é o seu protetor; como sombra que o protege, ele está à sua direita.
De dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite.
O Senhor o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida.
O Senhor protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre.”
Salmos 121:3-8

( o povo abençoa o sacerdote que sobe os degraus do templo em direção ao lugar santo)

O sacerdote representa todos àqueles peregrinos e agora prepara-se para entrar no templo e oferecer sacrifícios pelos pecados do povo. E a sua jornada agora é em direção ao santo dos santos, em direção a arca da aliança que representa a presença de Deus! Afim de que Deus recebe o sacrifício pascoal e perdoe os pecados de seu povo. A saída do sacerdote com vida de dentro do lugar santíssimo era um sinal de aprovação e recebimento por parte de Deus.

             Para nós servos contemporâneos esse salmo é uma expressão de fé. Uma canção que exprime a fé que devemos ter no senhor que nós guarda na nossa peregrinação a Sião celeste e em nossa jornada diária. Aqui o senhor é apresentado como o guarda de Israel. Você e eu temos um guarda-costas particular que nós protege diariamente de forma invisível de todos os perigos que esse mundo violento proporciona. Devemos confiar e ter certeza que o senhor guardará a nossa entrada e saída. Dentro dessa certeza, devemos louvá-lo e agradece-lo.

SALMO 77 - A canção das lembranças

Clamo a Deus por socorro; clamo a Deus que me escute.
Quando estou angustiado, busco o Senhor; de noite estendo as mãos sem cessar; a minha alma está inconsolável!
Lembro-me de ti, ó Deus, e suspiro; começo a meditar, e o meu espírito desfalece. Pausa
Não me permites fechar os olhos; tão inquieto estou que não consigo falar.
Fico a pensar nos dias que se foram, nos anos há muito passados;
de noite recordo minhas canções. O meu coração medita, e o meu espírito pergunta:
"Irá o Senhor rejeitar-nos para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor?
Desapareceu para sempre o seu amor? Acabou-se a sua promessa?
Esqueceu-se Deus de ser misericordioso? Em sua ira refreou sua compaixão? " Pausa
Então pensei: a razão da minha dor é que a mão direita do Altíssimo não age mais.
Recordarei os feitos do Senhor; recordarei os teus antigos milagres.
Meditarei em todas as tuas obras e considerarei todos os teus feitos.
Teus caminhos, ó Deus, são santos. Que deus é tão grande como o nosso Deus?
Tu és o Deus que realiza milagres; mostras o teu poder entre os povos.
Com o teu braço forte resgataste o teu povo, os descendentes de Jacó e de José. Pausa
As águas te viram, ó Deus, as águas te viram e se contorceram; até os abismos estremeceram.
As nuvens despejaram chuvas, ressoou nos céus o trovão; as tuas flechas reluziam em todas as direções.
No redemoinho, estrondou o teu trovão, os teus relâmpagos iluminaram o mundo; a terra tremeu e sacudiu-se.
A tua vereda passou pelo mar, o teu caminho pelas águas poderosas, e ninguém viu as tuas pegadas.
Guiaste o teu povo como a um rebanho pela mão de Moisés e de Arão.

Salmos 77:1-20

A canção das lembranças: lembranças boas e lembranças más o que escolher?

           Você deve ter lembranças boas de quando era criança, de momentos bons com seus amigos , momentos de alegria e  de sorrisos com a pessoa que você ama ou com as pessoas que você tem afeto. Com certeza deve ter boas lembranças também de momentos com Deus, sentido a presença e desfrutando da manifestação da companhia dele. Mas nem só de bons momentos vive o ser humano. Há dias e momentos em que a tristeza, a angustia, desespero e solidão tomam conta da alma e muitas vezes esses maus momentos voltam em forma de lembranças e recordações indesejáveis e o quê você quer na verdade é esquecer. Pois esse é o tema do salmo 77. Lembranças: o que escolher boás ou más. Para tratar do tema, nada como o estilo dualista de asafe, que prevalece na maioria dos salmos que seguem seu estilo literário. Justiça e injustiça, santidade e impiedade, fé e desespero. Uma espiritualidade que oscila entre altos e baixos, tornando seus salmos  e estilo literário bastantes atuais. Convido você a mergulhar comigo na mente do asafita escritor do salmo 77 e perceber a oscilação dá fé que se manifesta através de boas e más recordações.

“Clamo a Deus por socorro; clamo a Deus que me escute. Quando estou angustiado, busco o Senhor; de noite estendo as mãos sem cessar; a minha alma está inconsolável!”...

Os dois primeiros versículos desse salmo revela as duas figuras centrais desse salmo. primeiro,  o Asafita que expõe de imediato o seu dilema recorrendo em oração a Deus que é a segunda figura central desse lindo poema. Dentro da cultura judaica, estender as mãos era uma forma de se pedir socorro a Deus era também uma forma de adoração bastante peculiar. Apesar do estado inconsolável do salmista ele ainda adorava ao Senhor.

“Lembro-me de ti, ó Deus, e suspiro; começo a meditar, e o meu espírito desfalece. Pausa”...

Esse é o grande tema de desse salmo: as lembranças do salmista. Esse salmo foi composto no período pós exílico, onde o povo de Judá já não gozava da independência politica que tinha nos tempos dos reis. O povo havia regressado do cativeiro e estava totalmente submisso ao governo medo-persa .

Você já sentiu-se em incomodado com lembranças boas? Algo que você tinha no passado, como um grande amigo, a companhia de pessoas que você tinha estima ou outra coisa que você tinha e hoje já não tem mais? Pois é! esse era o grande problema do salmista. Ele voltou sua mente para as maravilhas, para as riquezas, para a liberdade espiritual e politica que o seu povo tinha antes do cativeiro babilônico e que agora era só historia. Lembranças de momentos de gloria e esplendor que só traziam dor a alma do salmista e é assim que ele abre o coração e desabafa:

"Irá o Senhor rejeitar-nos para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor?
Desapareceu para sempre o seu amor? Acabou-se a sua promessa? Esqueceu-se Deus de ser misericordioso? Em sua ira refreou sua compaixão? " Pausa Então pensei: a razão da minha dor é que a mão direita do Altíssimo não age mais.

Mas o que me chama a atenção nesse salmo é a mudança de postura adotada pelo salmista. Ao invés de ficar lamentado e remoendo infinitamente suas lembranças, curtindo e dando bola para depressão, ele resolve usar a fé relembrar de algo que o motivasse ao invés de tortura-lo. Algo que reavivasse a sua fé e não que o autodestruísse:

“Recordarei os feitos do Senhor; recordarei os teus antigos milagres.
Meditarei em todas as tuas obras e considerarei todos os teus feitos.”

Nesse momento ele volta sua mente para o poder de Deus e lembra as grandes maravilhas que o senhor fez. O senhor já tinha livrado Israel uma vez do Egito o que o impediria de livrar seu povo das mãos do império medo-persa? Nada!

...Com o teu braço forte resgataste o teu povo, os descendentes de Jacó e de José...

Certo profeta em suas lamentações escreveu:

“Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim.
Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança:”
Lamentações 3:20-21

Lembranças são boas, porém devemos confiar em Deus acima de tudo  e não ficar nós torturando com lembranças passadas . Devemos usar as lembranças como força motriz para seguirmos em frente e aumentar nossa fé em Deus já disse o sábio Salomão:

“Não digas: "Por que os dias do passado foram melhores que os de hoje? "Pois não é sábio fazer tais perguntas.”
Eclesiastes 7:10